A MAGNIFICÊNCIA DA TARDE
Voa ao
poente a túnica da brisa
se
desmanchando em chuva de lilases.
A
tarde, ante essa mágica, se irisa
e
exibe cores francamente audazes.
A
natureza, certo, romantiza…
Há
nos jardins fascinações de oásis
e os
encantos do olhar de Mona Lisa
estão
nas rosas e nos grous lilases.
De
súbito, o crepúsculo termina.
O céu
agora todo se reveste
de uma
capa de príncipe da China.
E na
ponta de um cônico cipreste,
a lua
nova paira, curva e fina,
como o
chifre de um búfalo celeste.
Sosígenes
Costa (Belmonte, 1901 – Rio de Janeiro – 1968)
In:
Obra
poética.
2a. ed. revista e ampliada por José Paulo Paes, São Paulo, Cultrix;
Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1978.
Nenhum comentário:
Postar um comentário